Capitulo 11

"Queres ir viver comigo ?"

Ele estava furioso comigo via pelo seu olhar, até pela sua atitude eu notava, senti-me culpada porque afinal fui eu que não usei as palavras corretas para me expressar e ele respondeu-me do mesmo modo, fria e duramente. Mas também não lhe disse nada, era a minha opinião quer ele gostasse ou não. Os últimos dois dias lá foram… enfim nem vou dizer como foram. No dia da Viajem para o Porto não trocamos uma palavra. O Afonso estava a nossa espera no aeroporto e como não sabia do sucedido levou-nos aos dois para casa do James. Já lá em casa dele ele foi para um lado e eu para a sala, Respirei fundo e cheguei mesmo á conclusão que ele estava certo mas não quis dar a minha parte fraca leventei-me e fui falar com ele:

-Eu quero dar tempo á nossa relação, quer conhecer todas as tuas virtudes e todos os defeitos, quero discutir e depois ficarmos bem e entendermos que o mais importante é o que sentimos, sim claro que quero ter filhos e casar, quero viver juntos, quero tudo o que temos direito, mas primeiro quero casar e só depois ter filhos, namoramos há tão pouco tempo, quero aproveitar tudo ao máximo antes de tomar uma decisão dessas, ainda somos novos e tinhamos que abdicar de tanto para educar um filho e sinceramente não sei se estava preparada para ter um filho. Desculpa James.-ele abraçou o que me deu logo força e coragem, senti-me bem pelo que lhe tinha dito coloquei tudo em "pratos limpos" e assim tirei um peso de cima de mim, literalmente. Ele responde-me:

-É por tudo isto que te amo!-beijou-me no pescoço.-Por seres tu própria simplesmente!-fez-me uma festa na face, eu respondi:

-Só porque fui sincera não quer dizer que continue a gostar de atitudes românticas e essas coisas TODAS lamechas por isso vá menos !-sorri-Eu sei que me amas, escusas de o dizer!-sorri.

-E tu gostas de mim?-corou e eu beijei-o intensamente e depois respondi:

-Claro que gosto de ti tono! Senão não tinha ido até á Colômbia, não te tinha apresentado á minha mãe e não tinha enfim feito o que fiz contigo se é que me faço entender tudo isto num curto espaço de tempo!-eu sorri dizendo isto e ele abraçou-me e deu-me um beijo nos lábios, muito suave e romântico.

-Tens razão e eu sabia que me amavas mas queria ouvi-lo da tua boca, é bom ouvir de vez em quando!-sorriu e corou. Eu dei-lhe uma palmada no braço empurrando e ele apenas sorria e eu disse:

-És tão parvo James!-comecei a gargalhar e ele respondeu:

-Sou um parvo mas um daqueles que tu gostas!-sorriu-Acabaste de assumir!-começamos a rir-nos imenso e entre brincadeiras, cócegas, abraços, uns beijinhos e alguns miminhos, nós eramos namorados mas acima disso também eramos amigos. E eu lembrei-me de algo que nunca me deveria ter esquecido: ainda não visitei a minha mãe desde que cheguei da Colômbia, ia levar um raspanete daqueles gigantes e sinceramente não estava com cabeça para tal mas como a minha mãe e o James simpatizaram eu achei que acabaria por não ser tão grave. Afastei-me dele e fui até ao telemóvel, mexi os lábios enquanto ouvia o sinal de chamada mexi os lábios dizendo "mãe" para ele entender que ligava para a minha mãe, mal ela atende diz:

-Maria João Rodríguez! Por onde é que andas que nem á mãe ligas?-depois começou a gargalhar e eu achei imensa piada e acompanhei-a entre risos quando paramos eu respondo:

-A última vez que vi ainda era Maria Almeida mas enfim...-sorri.-O James já anda a mudar tudo está visto!

-Se te casares com eles ficas com o apelido dele.-gargalhou-Olha que não me importava de ter um genro assim!-começamos a gargalhar.

-Quem disse que me vou casar com ele, pelo menos por enquanto?-olhei para o James, até parecia que tinha falado ou algo do género porque era disso mesmo que tinhamos falado, trocamos olhares e ele mesmo sem saber do que falavamos sorriu, talvez tivesse ouvido a minha última palavra e tivesse imaginado o resto da conversa.-Tu não te importavas claro! Sabes muito mãe! Daqui a pouco dizes que queres um neto bonito como o teu genro!-gargalhei

-Por acaso não me importava!-sorri e respondi:

-Sabes muito mãe! Tu e o James realmente devem ter telapatia ou algo do género! Lamento informar-te mas por enquanto não vos vou fazer a vontade.-disse agora com um riso diferente

-Estava a brincar filha têm tempo para isso tudo daqui a uns tempos, ainda sou muito nova para ser avó!- a conversa continuou e eu acabei por por em altifalante para o James e a minha mãe também falarem, eles simpatizaram muito e para variar apenas ouvia nem me metia, acabou por nos dar um raspanete por não lhe termos dito nada mas o James soube usar bem as palavras e ela acabou por nos convidar para jantar, desligamos a chamada e eu decidi ligar o computador, acabei por andar a pesquisar uma maneira de passar tempo, arranjei um filme que saiu há bem pouco tempo, era uma comédia romântica e perguntei ao meu namorado (ainda me parece estranho dizer isto!) se queria ver, ele abanou positivamente com a cabeça e começamos a ver o filme, fartamo-nos de rir e divertimo-nos imenso, mas houve alguns momentos que eu senti o mesmo que as personagens...Ela queria muito ter filhos e casar, queria apressar tudo e ele queria aproveitar cada momento ao máximo mas enquanto casal e casamento só depois de algum tempo de namoro, mas comigo e com o James era ao contrário claro que cada vez que acontecia trocavamos olhares cumplices e eu como sempre partia-me a rir sim porque eu nunca levo nada a sério, o computador acabou por ficar lento e não nos deixou ver o fim eu fiquei chateada e comecei a reclamar, ele apenas me sorria e gargalhava, mal acabo com aquilo ele sussurra-me ao ouvido:

-Podemos fazer um final á altura!-começou a beijar-me o pescoço e a provocar-me, eu sabia exatamente o que ele queria e respondo-lhe com algo muito característico meu:

-Podíamos não podíamos- disse sentando-me no colo dele e dando-lhe beijos no pescoço muuuito lento.

- Sim podíamos- disse agarrando-me na cintura

- Claro que sim amor- respondi- mas estamos atrasados para o jantar com a minha mãe e não me quero atrasar – dei-lhe uma sapatada na perna e muito repentinamente levantei-me do sofá e fiz um sorriso inocente

- Tu és … - disse ele com uma gargalhada

-Sim eu sei que sou- disse a rir também

Endireitamo-nos, acabei por sair de casa e ele seguiu-me, fomos até ao carro mas desta vez desafiou-me a ser eu a conduzir como é óbvio aceitei! Ele estava a pedi-las por isso pus o pé no acelarador, a meio da viajem olhei para ele e ele ria-se como se já soubesse que eu ia fazer aquilo. Jantamos muito animados e divertidos, o James e a minha mãe pareciam dois velhos amigos e eu apenas ficava orgulhosa disso, eu e a minha mãe recebemos um convite irrecusável e acabamos por aceitar, irmos ver o jogo no dia seguinte nos camarotes presidenciais, combinamos tudo e estava na hora de ir dormir mas a minha mãe como não queria "festa" então o James acabou por ir até sua casa e eu dormi na minha alegre caminha que por acaso já me deixava saudades, lá compreendemos que era o melhor.

O dia seguinte chegou e com ele o tão esperado jogo, o estádio estava meio cheio porque era um jogo contra um clube não muito grande, o Vitória de Guimarães e com ele esperava-se mais uma vitóia para o "Nosso lado", o James prometeu-me que se marcasse um golo dedicava de uma forma muito especial mas não me quis adiantar mais e eu desejava que ele marcasse e que festejasse para eu ver. Logo nos primeiros minutos ele marca e eu consigo ver através das televisões que estavam na bancada o seu festejo, fez um coração com os dedos, eu fiquei toda deliciada e pensava que era esse o seu festejo, a minha mãe picou-me mas ele decidiu continuar com os festejos, aproximou-se da câmara esticou os braços como se estivesse a apontar para alguem e gesticulou com os lábios, eu como já o conhecia tão bem entendi logo, ele disse:

-Queres viver comigo Mary?-e mandou um beijo e eu fiquei parva como tudo a olhar para a mini televisão, tive a minha típica reacção

- Tou fodid*

Qual será a resposta de Maria ao pedido de James?

Qual será a reação dela ao pedido bastante original dele? Como irá continuar a relação?